sábado, 29 de junho de 2013

A tal da beleza e o "Photoshop This!"

Preparem-se, porque vou ficar filosófica.



O que é a beleza? E até quando vamos deixar a mídia definir esse conceito? Até que ponto podemos confiar em algo que é só isso: um conceito?

Minha mãe é "gordinha" e, de acordo com os padrões, não tem um corpo "bonito". Por causa disso, não importa quantos milhões de vezes eu diga "está linda". Ela não acredita.

Isso nos consome, sabe? Essa constante luta (de infindáveis dietas, remédios, psicólogos, cirurgias...) para chegar a um ideal de beleza.

Não é benéfico, e destroi o interior para construir o exterior. Mas o que podemos fazer se crescemos acreditando que os bonitos (de acordo com um padrão-fantasma, porque ninguém é do jeito que a mídia mostra) se dão melhor na vida? Aprendi, na marra, que ir contra algo já enraizado é difícil.

E tem também a questão dos outros. Seja um pouquinho diferente, abrace seus pelos, sua barriga com pneuzinhos, suas celulites, e o que você ganha? Críticas, e passa a a ser "estranha". Se odiar é o normal, então?

Mas se por um lado o ódio é certo, o amor ao próprio corpo traz tantas coisas boas que nem sei se consigo enumerar todas.

Eu nem sempre amei meu corpo. Já fui dormir chorando várias vezes por ter seios pequenos e usar roupas mais larguinhas. Mas fui, aos poucos, me apaixonando pelo corpo que habito. 

Fazer as pazes com a própria imagem faz a gente acordar mais disposta, olhar no espelho e pensar "nossa!", eliminar as autodúvidas...

A vida é uma só, por que gastá-la se preocupando com rótulos, com o que é ditado pela mídia? Faça suas próprias regras, ser feliz vale mais a pena.
E, ah, a Amanda Palmer () fez uma campanha há pouco tempo chamada "Photoshop THIS!", em que basicamente apontava coisas no corpo dela que a mídia considerava "feias" e mandava photoshoparem (lógico que com sarcasmo), deem uma olhada: http://www.tumblr.com/tagged/lofnotc


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário