domingo, 16 de junho de 2013

"Às vezes, uma nuvem pessoal pode ser mortal"

A frase-título dessa postagem foi usada para "promover" o livro da resenha de hoje.




Sabe aquele conselho: “leia o livro antes de ver o filme”? Vou ser contrária a ele dessa vez. Para ter uma experiência boa com Struck By Lightning, recomendo assistir ao filme primeiro. O motivo é bem simples: o filme mostra uma visão geral, um pouco “afastada” dos acontecimentos da vida de Carson, enquanto o livro é, como diz o título, o diário do próprio Carson, e torna tudo aquilo que foi visto bem mais pessoal.

Agora é a hora em que eu aviso que vou citar algumas coisas que acontecem no livro, muitas já conhecidas, mas mesmo assim, fica o aviso.

O livro e o filme contam a história de Carson Phillips, um adolescente prestes a se formar no Ensino Médio e louco para sair da cidade pequena onde mora. Sarcástico, inteligente e irritante, o jovem vem de um lar partido, pais separados, a mãe viciada em remédios, o pai distante, uma avó em um clínica por conta do Alzheimer. Para completar, ninguém na escola gosta dele (com exceção de Malerie que, por sinal, é uma figura divertidíssima). Talvez sejam exatamente essas dificuldades que tornem Carson tão ácido, mas o seu humor chega a doer.

Acontece que Carson quer estudar em uma faculdade grande, longe de casa, imaginou um futuro incrível para si, mas não consegue alcançar esses objetivos porque, como o título do livro/filme sugere, é atingido por um raio.

Enquanto a narrativa do filme é feita em flashbacks, no livro a história é contada dia a dia, enquanto Carson chantageia seus colegas de escola para ajudarem em sua revista literária, que contará créditos para sua entrada na universidade.

É triste? Muito. Prepare os lencinhos porque eu achei muito trágico acompanhar a luta dele apenas para chegar à morte do adolescente.

O que faz a tristeza valer a pena são os diálogos hilários, os personagens diversos (bastante estereotipados, o que é um problema na história, mas o Colfer é um autor iniciante e até mesmo essa falha passa, de tão boa que a trama é) e, no caso do filme, a interpretação da Rebel Wilson, que transforma uma personagem que já era engraçada em algo muito mais comédia.

Uma frase que eu gostei bastante foi a respeito do Dwayne (que é chantageado por ter drogas na mochila): “ele entrou, e a sala inteira, obviamente, começou a cheirar a um show do Bob Marley”. São frases assim que fazem o diferencial no livro.

Ah, vale lembrar que todos os palavrões que não estão presentes do filme, estão no livro, uma cascada de fucks e shits.

O que me leva a outro ponto fundamental: nem o livro e nem o filme estão disponíveis em português. O filme, se vier a estrear no Brasil, deve estrear na cena cult (mas até lá, a internet é nossa amiga). Já o livro, é improvável ser publicado se o filme não vier para cá, mas quem puder – e quiser – lê-lo em inglês, vale bastante a pena.

Edição: agora o livro está disponível em português, pela Benvirá! (:

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